Ninguém aceita ser questionado, mesmo que a intenção do interlocutor seja, apenas, ajudá-lo a refletir. As pessoas são predispostas a ver má fé nas discordâncias, a enxergar arrogância nos contraditórios, a repudiar qualquer pensamento ou atitude que as tirem da imobilidade.
Mesmo nos fóruns em que se propõe a reflexão, o que vejo é um festival de conformidades e oposições retóricas, desvinculadas da pragmática. Não é que o pensamento, em si, tenha o poder de "mover" o ser humano, mas ele pode empurrá-lo para a dialética. De que adianta tecer considerações sobre qualquer coisa se a tarefa de refleti-la "morre" em poucos parágrafos, muitas vezes escritos para causar impacto e só? Onde está a disposição dos filósofos de alimentar o diálogo, enriquecê-lo com novas hipóteses, trazer para a pauta elementos concretos da vida, dissecá-los?
Eu estou muito frustrado com meu ambiente acadêmico! Nunca esperei ver passividade entre nós, que desejamos filosofar, assim como o engajamento psicológico e argumentativo não é exatamente o que se espera dos ambientes universitários que já frequentei.
Sei que estou querendo muito, mas, confesso, era o que eu esperava: muito mais!
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