Alguém já encarou um professor? Aquele de quem se depende, na maioria das vezes de modo subjetivo, para ser avaliado e passar -- ou não! -- de semestre? Não estou curioso por picuinhas, quero saber de discordâncias ideológicas, mesmo!
Para "variar", eu não fico longe das encrencas, então me permiti entrar num bate-bocas com uma professora, ontem. Manifestei-me contra as hipocrisias que, penso, impregnam setores da sociedade e mesmo nosso curso, na defesa de valores desejáveis, porém utópicos. É claro que é só uma opinião, minha, e certamente estou equivocado por causa da natureza da disciplina e do meu próprio modo de ser. Não sou "imparcial", pois, já que as práticas a que me submeto por obrigação vão no sentido oposto das que melhor combinam comigo.
Infelicidade das infelicidades (vão contando!), a professora reagiu de modo passional. Surpreendi-me, claro, afinal, num curso de filosofia o mais elementar que se espera dos alunos é ter uma postura crítica diante das coisas que lhes são apresentadas. Crítica, entenderam? Não sistematicamente crítica! Aqui reside o problema.
Existe um porquê para eu deixar de lado a regra, a de não ser "do contra". Não é do meu feitio discordar por discordar. Nesse caso específico, há, sim, motivos para que adote uma postura rigidamente oposta à situação: ninguém duvida de nada! Ninguém vê nada errado, em lugar algum! Todos comunicam assim:
-- Concordo!
-- É isso aí!
-- Perfeito!
-- Genial!
Nem poderia ser diferente: a professora incentiva esse comportamento! Não é que ela seja ruim, é, apenas, apaixonada pelo que faz!
As paixões, ah! Tiram de nós a razão reiteradamente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário