terça-feira, 12 de outubro de 2010

Defender a vida?

Já é amanhã e preciso acordar cedo, às 5h15. O despertador está programado. Mesmo assim, estou aqui, vendo o resgate dos mineiros chilenos.

Como a vida é estranha! Num pequeno equívoco, podem morrer muitas dezenas de gentes. Por causa de 33 que prosperam, as possibilidades transformaram-se em espetáculo.

Em 2001, o submarino Kursk naufragou com 106 sobreviventes a bordo. A marinha russa descartou a ajuda internacional. Acusada de indiferença, deixou morrer os compatriotas. Nessas horas, não penso em ética, nem em misericórdia: penso em fogo, se ele existisse mesmo, nas profundezas de um anunciado inferno, onde os culpados haveriam de pagar pelas decisões contra a vida.

Eu, contudo, sou um pacifista. Alegro-me pelas vidas poupadas. Lamento mesmo por aquelas que são artífices dos males do mundo.

Espero que esta experiência histórica verta lágrimas de arrependimento e que elas projetem o futuro. Do contrário, não terá valido, muito, a pena.

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