que esquentam as minhas próprias,
suadas de frio,
de timidez.
Pousam em meu rosto e novamente me arrepio,
mãos, tão doces, tão sensíveis,
deixam-se sentir, sem magoar.
Conto seus dedos para apenas ter motivo
para segurá-las,
acariciá-las.
Mãos que me proporcionam um deleite inconfessável,
pelo perfume que deixam em meu rosto,
pelo significado que têm para a minha razão,
razão devotada ao sentimento, hoje. Só hoje!
Deito minhas próprias mãos, duras, em seus cabelos sedosos,
deslizando-as pelo pescoço e encontrando seus brincos,
com que brinco, afagando a ponta das suas orelhas.
Minhas mãos, que agora veem seu rosto,
seus olhos a mirar os meus,
suas mãos em meu rosto em resposta.
Puxamo-nos, pelas mãos envoltas num abraço, para
o beijo que não poderia escapar de momento tão íntimo.
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